Pesquisar este blog

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Alguma coisa ... muito especial, sempre há de vir ...



Hoje deixo um pouco de lado as bobagens que usualmente coloco nesse blog para descrever e compartilhar o que foi um dos maiores momentos da minha vida.

Desde os 10 anos de idade cultivo um fascínio magistral pelos Beatles, comprei meu primeiro CD dos Beatles em 1995, o "Past Masters - volume 2", e desde então posso ser considerado um Beatlemaníaco.

Como qualquer fã dos Beatles que se preze, o sonho nunca acaba, e fica sempre vivo o desejo de um dia poder ver os Beatles tocando, ou apenas um deles, que seja.

Sofri com a morte do George Harrison em 2001, quando estava na faculdade, e tenho que confessar que sempre tive minhas diferenças com Paul McCartney, por sua postura com o George nos Beatles e por sua postura com os Beatles, e principalmente pós Beatles.

Mesmo com essas vírgulas para com Paul, e sendo ele de longe meu Beatle preferido, comprei Cd's de sua carreira solo, afinal, sua postura não interferiu em sua musicalidade e na qualidade de alguns de seus sons.

Nos últimos anos, a postura de Sir Paul McCartney mudou muito e ele passou a incorporar mais sua fase Beatle, alterando sua carreira solo, e se mostrando mais um entusiasta dos Beatles. Seus shows deixaram de ser shows de seus discos e de divulgação de sua carreira solo e passaram a ser tributos aos "Fab Four", contendo a maior parte deles, músicas de discos dos Beatles.

Ano passado, após ver os DVD"s de seu show ao vivo em Nova Iorque e de sua homenagem a George Harrison no Tributo a George, Paul passou a se tornar um Beatle presente em minha vida e em minha coleção de discos. Passei a vê-lo de outra forma e me tornei um grande fã.

Esse ano, com a notícia de sua possível vinda ao Brasil, decidi que faria de tudo para ir ao show e para ver um Beatle de perto, seria o maior sonho enquanto fã há 2 décadas dos Beatles.

Iniciei a saga baixando todos os Cd's e shows, me embuindo nesse novo espírito do Paul de referenciar os Beatles e seus amigos John e George. Comecei a sentir uma áurea Beatle como nunca antes tinha sentido, e apreciando cada vez mais a obra que mudou a forma das pessoas verem o rock e o mundo.

Mas apesar do desejo, não consegui comprar o ingresso pela internet e me vi distante ainda mais de ver um show dos "Beatles". Não havia tamanho para a minha chateação. Não consegui acreditar que não iria e decidi que não desistiria até ter o bendito ingresso.

3 dias antes do show recebo a mensagem de meu amigo e grande professor Antonio Fabricio: "tenho ingresso sobrando e vaga no hotel, topa?" Naquele momento senti que minha sorte tinha mudado e que algo especial me esperava.

Parti para São Paulo um dia antes do show, no domingo e desde já estava apreensivo e emocionado por poder estar ali e viver aquilo tudo. Saí no domingo com o amigo Elton, celebramos seu aniversário e vimos o pedaço do show que a TV transmitiu, meio que sem acreditar que no outro dia seríamos nós, nossa vez de estar lá vivendo aquilo tudo.

Segunda-feira, dia 22 de novembro de 2010, chegam Bruno Burgarelli, Antônio Fabício e André Bernardes e completa-se o time de amigos que vivenciariam o maior show da história do Morumbi.

Muita chuva, filas enormes, aperto, cerveja cara e quente, empurrões, mais chuva, cansaço começando a bater, e tudo por um bom motivo, aliás, um excelente motivo. Quantos de vocês que estão lendo, queriam ter passado esse aperto.

Quando Paul entrou no palco, muitas lágrimas por todos os lados e a certeza que estávamos num evento completamente atemporal e imortal, que será lembrando por muito tempo nas visões dos muitos jovens adolecentes que estavam lá e nas nossas, se Deus quiser.

Cantei e cantamos todas as músicas junto com o maestro Paul que entusiasmava a platéia a cada acorde e a cada palavra no seu português bem arranhado, mas que demonstrou um carinho muito especial com todos que estávamos lá.

Prometi a mim mesmo que não choraria e curtiria o show todo, deixando as emoções para quando chegar em casa, mas no momento que se iniciou "Something", foi impossível conter, vendo as imagens de George no telão.

Esse vídeo postado foi gravado pelo Bruno que estava no meu lado, e me emociono o vendo, porque ele reflete exatamente o que vi e ouvi naquele dia.

Praticamente 3 horas de show, muitas músicas, muito Bealtes, na voz de um Beatle, INACREDITÁVEL. Fomos embora felizes e cançados, certos de que passamos por um momento extremamente especial, senão, um dos mais especiais de nossas vidas.

EU CHOREI, EU SORRI, EU TOMEI CHUVA PARA CARALHO, EU VI E VIVI, EU FUI NO SHOW DO PAUL MCCARTNEY.

Nenhum comentário:

Postar um comentário